terça-feira, 21 de abril de 2009

Deserto a vida
No covil (não sei outro lugar para o escuro).
Mas de angustia e saber que sabem vocês
Que herdaram a moral e vida?
Que vida e moral repetem?
Quem querem confortar,
Com o vosso amor pré-formado?
Sei que no escuro faz frio,
Que me faz o rosto soturno e
Lama de lágrimas e terra.
Apenas infância me prefere
Assombrar,
Antes de umas festas
Ao animal que sou.
Mas aos espelhos nunca direi palavra,
Confortem-se vocês ouvindo-se.
Querem ser pastores, pastem-se!
Deixem-me é uivar aos precipícios
Que bem entendo (são o único destino
Que tenho para sair do covil) e amargurar
Ao mundo a voz.
Sejam felizes que eu serei sempre inoportuno e
Assustador. Sejam felizes e deixem-me sozinho!

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