terça-feira, 30 de junho de 2009

os olvidos
pulsos do vento
em suicídio,
cabeceando o ombro,
descobrem os escombros
das pálpebras entretecendo
sob a luz da casa, o escuro socorro do sono.

quinta-feira, 18 de junho de 2009


na tarde
precipitámos a noite
do astro de nossas bocas vertendo silêncio
de teu corpo relâmpago em mãos
abriram-se horas, meses, anos e
escorremos e fomos muitos e
pouco e mãos e
medo e …
reencontramo-nos eras segredo e
eu já nem sou…
de fugir para ti,
sem que a fuligem da noite plúmbea
adie os concêntricos de sono e sede,
recendida.
sou ora habitante do escuro ora
lembro-me…

terça-feira, 9 de junho de 2009

o medo expande animais rápidos
que se imobilizam ao primeiro zumbido do silêncio
de cabeças voltadas para o vulto que se recolhe
tragando a noite para dentro

no medo
o silêncio será atraído pelos zumbidos
espirais de insectos
a evolução de gérmen devorará
o resto,
depois dos focinhos arrefecerem